terça-feira, setembro 21, 2004

Nem Kelly aguënta mais barbosices



Nos últimas dias, duas reportagens de Bruno Doro, no site de Esportes do UOL, mostraram que a situação de Barbosa não é tão confortável como o próprio julga.

Pior: mostraram um técnico sem liderança na equipe, e que não inspira confiança nem mesmo nas suas ex-comandadas.

Leia os textos:

Feminino pede direitos do masculino para evitar mesmo destino

Bruno Doro
Em São Paulo



Excursões no exterior, jogos contra equipes de escolas diferentes, uma seleção B para abrigar jovens promessas. Todos esses são benefícios que a seleção masculina, há duas edições fora dos Jogos Olímpicos, conquistou. A feminina, que chegou à semifinal das últimas três Olimpíadas, ainda não.

O ano olímpico foi marcante para isso. As duas seleções principais disputaram, cada uma, 17 partidas na temporada. Os homens, cujo principal torneio da temporada era o Sul-Americano, enfrentaram oito dos 12 times que foram às Olimpíadas. As mulheres, incluindo os oitos jogos que fizeram para chegar ao quarto lugar olímpico, só enfrentaram sete.

Na preparação para os Jogos, o Brasil enfrentou Grécia e China. Em Atenas, os rivais foram Japão, Grécia, Nigéria, Rússia e Austrália. A equipe enfrentou também Cuba, que não foi às Olimpíadas, quatro vezes.

"Nós jogamos pouco internacionalmente e isso pode fazer falta no futuro. Precisamos de uma seleção de novos, precisamos enfrentar escolas diferentes, como a asiática, a européia. Não adianta jogar contra Cuba, que tem um estilo de jogo muito parecido com o nosso", reclama Paulo Bassul, assistente-técnico da seleção feminina.

A seleção masculina, enquanto isso, se dividiu em duas, a principal e a de novos (que fez uma excursão à China). A primeira enfrentou a campeã olímpica Argentina, a vice Itália, além de Angola, Austrália, Porto Rico, Espanha, Grécia e Lituânia. Os brasileiros só não enfrentaram China, Nova Zelândia, Estados Unidos e Sérvia e Montenegro.

"Eu não posso reclamar. Desde que assumi a seleção (em 2003), fizemos muitas partidas internacionais. Infelizmente, não conseguimos a vaga para as Olimpíadas de Atenas, mas o trabalho para o próximo ciclo olímpico já começou", diz o técnico Lula Ferreira, da seleção masculina.

No feminino, as coisas são um pouco diferente. "Ainda nem fizemos a avaliação do trabalho de Atenas", diz o técnico Barbosa. Assuntos para se discutir quando essa preparação para Pequim-2008 não vão faltar.

A pivô Alessandra, uma das principais jogadoras da seleção brasileira nos últimos anos, não vai jogar. Ela deve fazer sua despedida da seleção em 2006, no Mundial do Brasil. Janeth, maior cestinha do basquete feminino nacional, terá 39 anos nos próximos jogos. Renovação, portanto, será necessária.

"Isso já vem ocorrendo normalmente. Em Sydney, a equipe era formada por cinco jogadoras estreantes e fomos bronze. Em Atenas, foram mais cinco estreando e ficamos em quarto", diz o presidente da CBB (Confederação Brasileira), Gerasime Bozikis, o Grego.

Isso, porém, pode não ser o bastante. Para a posição de Janeth, por exemplo, o Brasil corre o risco de passar pelo mesmo fenômeno que enfrentou quando Paula e Hortência deixaram a seleção, na década de 90.

"Naquela época, criou-se um vácuo, que demorou um pouco para ser preenchido", admite Barbosa. "A Adriana Santos e a Helen, que chegaram para ocupar os espaços, sofreram com o impacto de virar titulares", lembra Paulo Bassul, que começou a trabalhar com a seleção em 1999.

Para evitar isso, a solução seria a criação de uma seleção de novos, como a masculina. Grego admite a formação da equipe, mas não diz como ou quando isso será feito. Um problema se consideradas as características de jogo que a seleção apresentou nos últimos anos.

A seleção ainda depende muito de veteranas como Helen (31 anos), Alessandra (30) e Janeth. "A maioria das jogadas era feita para a Janeth e a Alessandra", admite a ala-armadora Iziane, de 22 anos, mais talentosa da nova geração.

"Temos uma geração talentosa, que já está aí, mas outras meninas da sub-21 também podem aparecer", avisa Janeth. Metade da seleção que foi a Atenas pode chegará a Pequim com menos de 30 anos. Tempo de jogo, porém, pode ser um problema.

Micaela, a principal candidata para ser a sucessora de Janeth, por exemplo, não disputou nem Mundial, nem Olimpíada. Kelly e Érika, as sucessoras de Alessandra, jogaram cerca de dez minutos de jogo em Atenas.

Barbosa, porém, não vê um problema nesse fato. "Quando se fala em renovação da seleção, parece que o Brasil tem 30 jogadoras fora, esperando. Mas não é assim. Nossa base de atletas diminui na razão inversa dos resultados que obtemos", diz.

Jovens da seleção rejeitam chance em 2008 e pedem vaga já em 2006

Bruno Doro
Em São Paulo


"Não vou esperar até as Olimpíadas de Pequim. Quero ser titular já no Mundial do Brasil". A frase, da pivô Kelly, 24 anos, mostra o clima das jogadoras jovens da seleção feminina do Brasil.

Com a possibilidade de participar dos Jogos da China, em 2004, sem algumas veteranas, as atletas mais jovens pedem chances imediatas. O próximo grande campeonato da equipe é o Mundial de 2006, que será disputado no Brasil.

O objetivo é evitar que a seleção chegue à próxima edição das Olimpíadas sem jogadoras experimentadas para todas as posições. A pivô Alessandra, 30 anos, já disse que não deve disputar os Jogos de 2008. Janeth estará com 39 anos e, se chegar à China, dificilmente ficará em quadra tanto quanto nas últimas Olimpíadas.

"É claro que já comecei a pensar em Olimpíadas. E no Mundial também. Afinal, dois anos passam muito rápido", diz a ala Iziane, 22, principal revelação dos últimos anos do basquete brasileiro. Ela é a única nova geração que já conseguiu uma vaga entre as titulares.

A transição deve vir sem caras novas. As jogadoras que já estão na seleção devem ganhar espaço, convivendo com as veteranas. Em 2006, considerando a aversão do técnico Antonio Carlos Barbosa por mudanças, o grupo deve ser praticamente o mesmo que foi à Atenas.

Em Pequim, seis jogadoras -Adrianinha, Karla, Iziane, Érika, Silvinha e Kelly- vão chegar com menos de 30 anos. Leila, Cíntia Tuiú, Vivian e Helen serão mais novas do que Janeth na época de Atenas.

"É uma renovação que vem ocorrendo normalmente", diz o presidente da CBB (Confederação Brasileira), Gerasime Bozikis, o Grego. "É difícil fugir disso. O Brasil não tem tantas jogadoras assim", completa o técnico Antonio Carlos Barbosa.

A situação, porém, não é diferente. No garrafão, por exemplo, duas candidatas se destacam para suceder Alessandra. Kelly, com duas Olimpíadas na bagagem, e Érika, 22 anos, maior reboteira do Mundial sub-21 do ano passado.

"Em Atenas, a Érika jogou bastante. Era o momento dela. E foi bem. A Kelly tinha feito o mesmo no Mundial (da China, de 2002)", explica Barbosa. "Mas a posição 4 (ala-pivô), é um problema".

Em Atenas, a posição foi ocupada por Cíntia Tuiú e Leila. "Mas a Leila renderia melhor como lateral. Mas nas Olimpíadas, ainda era cedo para usá-la assim", avisa Barbosa, lembrando da lesão no joelho que deixou a atleta três anos parada.

A solução pode vir da seleção sub-21. Bassul, que comandou a equipe no vice-campeonato mundial em 2003, aponta Flávia, que está no basquete mundial, como uma alternativa para a posição. "Ela foi a segunda melhor nas estatísticas da competição e deve chegar rápido à seleção".

A posição de Janeth, a lateral, é a que tem mais problemas. Ela é titular da posição desde o começo dos anos 90 e ninguém ameaçou seu domínio no período. A única que se destacou na posição foi Micaela, melhor jogadora do último Campeonato Nacional.

Sem sorte, Micaela não disputou o Mundial de 2002 e não foi à Atenas. Em 2002, quebrou o pé às vésperas da competição. Nesse ano, rompeu o tendão de Aquiles. "A Janeth é sacrificada por causa disso, mas a Micaela e a Silvinha (que foi às Olimpíadas, mas jogou pouco tempo) tem potencial para assumir essa posição", diz Barbosa.

Outro setor complicado é a armação. Helen e Adrianinha são as preferidas do treinador, mas nenhuma delas jogou bem nas Olimpíadas. As atletas da posição da seleção sub-21 -Fabiana, Passarinho (Ana Flávia) e Karen-, segundo o treinador, são inexperientes.

"Essa é uma das posições mais difíceis para se formar. Essas duas são as únicas prontas. As jogadoras da sub-21 têm potencial, mas precisam provar primeiro em suas equipes que podem exercer a função", defende o treinado.

A única posição sem problemas é a 2, ala-armadora. Iziane foi a primeira peça da renovação. Em 2003, com 21 anos, se tornou titular da seleção. Em Atenas, foi a segunda cestinha da equipe, atrás de Janeth, e a terceira em assistências, com números menores apenas do que os de Helen e Janeth. "Ela já é uma realidade", afirma o assistente-técnico Paulo Bassul.

Treinador também deve entrar na renovação da seleção

Bruno Doro
Em São Paulo


A renovação da seleção brasileira feminina pode envolver um pouco mais do que as jogadoras. O treinador Antonio Carlos Barbosa também pode ser "renovado".

Não é segredo que o presidente da Confederação Brasileira (CBB), Gerasime Bozikis, quer Barbosa como coordenador de seleções. O que ninguém sabe, porém, é quando isso vai acontecer.

"O Barbosa segue como técnico da seleção. Ele assumirá a coordenação de seleções no momento oportuno e esse momento chegará naturalmente", explicou o dirigente.

No cargo desde 1997, o técnico foi o responsável pelo primeiro ciclo olímpico desde 1994 sem pódio em Mundiais ou Olimpíadas pela seleção. Em 2002, no Mundial da China, o Brasil foi só o sétimo colocado. Em Atenas-2004, foi quarto.

"Já é hora do Barbosa sair. Em Atenas, o time foi um amontoado de jogadoras. Como em Sydney, foram quatro derrotas. É um time sem padrão, sem liderança", diz a ex-jogadora Paula, que hoje é responsável por um projeto social em Piracicaba.

Entre as jogadoras, o sentimento de insatisfação também existe. Janeth, principal nome da seleção, não faz críticas ao treinador, mas não pareceu animada quando falou sobre o futuro do treinador na seleção. "Eu já ouvi tantas coisas sobre isso. Mas parece que ele não vai sair", disse, lacônica.

Kelly, uma das maiores defensoras do treinador antes das Olimpíadas, voltou dos Jogos com uma opinião diferente. "Em basquete, tudo se renova. Hoje, o jogo é mais atualizado do que há um ano. Desde que o Barbosa acompanhe isso, ele pode ficar", diz a atleta.

O técnico se defende. Segundo ele, a quarta colocação não foi desastrosa e o sétimo lugar no Mundial foi resultado de duas lesões em cima da hora. "Com as condições que temos, já é muito nos mantermos na elite por tanto tempo".

O sucessor também já está sendo preparado. Paulo Bassul, auxiliar da seleção e técnico do Americana, é o favorito para o posto. "Claro que o objetivo de todo técnico é chegar à seleção. Mas faço questão de dizer que a função de um técnico é escolher atletas. Escolher os técnicos é coisa para a Confederação".


In:
UOL

Primeiro, as considerações de Bassul são muito coerentes.

Barbosa esse ano alardeou aos quatro cantos que faríamos a 'preparação ideal', sempre enaltecendo a programação que ele montou com a CBB. Pois é: nos preparamos jogando quatro amistosos contra Cuba, distribuindo folgas e recusando pedidos de amistosos. Maravilha.

Diz o Barbosinha que "Ainda nem fizemos a avaliação do trabalho de Atenas", mas parece que ele nem está com pressa, né?

Falta pressa e vontade ao velho treinador.

Aliás, quer frase mais desestimulante que essa: "Quando se fala em renovação da seleção, parece que o Brasil tem 30 jogadoras fora, esperando. Mas não é assim. Nossa base de atletas diminui na razão inversa dos resultados que obtemos."?

Meu caro Barbosa, será que não temos 30 nomes com capacidade de vestir a amarelinha? O pior cego é um preguiçoso do naipe de Barbosa, que não quer ver os talentos à sua frente. E que, pior ainda, prefere sepultá-los com sua incompetência.

As lamentações do velho ex-candidato a prefeito não páram: "É difícil fugir disso. O Brasil não tem tantas jogadoras assim." Parece que ele quer dizer que o que tem na mão é ruim. É difícil fugir disso, Barbosa? Francamente...

Realmente, são poucas jogadoras no Brasil, mas a grandeza de um treinador está também em usar sabiamente suas opções. Barbosa não sabe nem fazer as opções.

Pra que quantidade, Barbosa?

Pra entregar a um técnico sem-qualidade?

Algumas declarações de Barbosa são tão insanas....

"Em Atenas, a Érika jogou bastante. Era o momento dela. E foi bem. A Kelly tinha feito o mesmo no Mundial (da China, de 2002)."

A Érika jogou bastante em Atenas?

Rá-rá-rá!

Sem Comentários!

A Kelly jogou bastante no Mundial da China?

Rá-rá-rá!

E tá faltando bastante coisa à Barbosa.

A pérola vem a seguir:

"Mas a posição 4 (ala-pivô), é um problema".

Não fossem tantos os defeitos de Barbosa, ele ainda me sai com essa: os problemas estão no grupo de jogadoras, nunca nele. Faça-me o favor! Pense um pouco antes de abrir a boca, Barbosa!

Que que é isso?

O Brasil tem uma das melhores gerações de pivôs do mundo e ele vem me falar que não tem uma que faça a posição 4?

Isso não existe.

Você, Barbosa, que não tem competência para utilizar as ótimas opções que o basquete brasileiro te oferece.

Grrrrrrrrrrrrrrrr.

Não sei nem o que falar, pois essa declaração é de uma estupidez absurda.

É constrangedor pensar o que Miguel Ângelo conseguiu enquanto esteve na seleção usando como titulaesr Ruth, Alessandra e Marta e agora ver Barbosa resmugando que a posição 4 é um problema...

O problema é de quem está sentando no banco, dizendo que treina o time.

Na sequência, ele diz que Leila renderia melhor na lateral.

Entenda quem puder.

Bassul aponta Flávia. E está certíssimo.

Falando de armadoras, Barbosa põe a culpa nas jogadoras e nos clubes:

"Essa é uma das posições mais difíceis para se formar. Essas duas são as únicas prontas. As jogadoras da sub-21 têm potencial, mas precisam provar primeiro em suas equipes que podem exercer a função."

A reportagem não deixa claro de quais duas ele está falando (Passarinho? Fabi? Karen?), mas ele quer que elas estourem primeiro em seus clubes para quando estiverem prontas, chegarem à seleção.

Rapadura é doce, mas não é mole não, meu caro!

Engraçado pensar, por exemplo, o que representava Alessandra quando foi lançada na seleção adulta por Miguel Ângelo, na raquítica cena do basquete de clubes paulista? Nada. Nem titular de suas equipes era.

Então, se o treinador não tem a competência e a inteligência de fazer apostas como essas, está fadado a chafurdar na lama da mediocridade.

Se o treinador, é tão preguiçoso e limitado, que quer ver armadoras jovens e talentosas ficando maduras e prontas para jogar uma Olimpíada, apenas disputando campeonatos tão medonhos como o Paulista e o "Nacional"; melhor ele admitir sua imcompatibilidade para o cargo.

Grego deixa sua pérola para o nosso deleite:

"O Barbosa segue como técnico da seleção. Ele assumirá a coordenação de seleções no momento oportuno e esse momento chegará naturalmente."

Pois é assim mesmo que nós queremos: que naturalmente Barbosa saia da seleção e naturalmente Vossa Senhoria saia da CBB.

Para encerrar, Barbosa deixa a penúltima:

"Com as condições que temos, já é muito nos mantermos na elite por tanto tempo".

Ué? Mas não era o próprio Barbosa que dizia que estávamos buscando o ouro? Agora o quarto lugar já é muito?

Ops.

As palavras sábias vem de Magic Paula, que foi claríssima:

"Já é hora do Barbosa sair. Em Atenas, o time foi um amontoado de jogadoras. Como em Sydney, foram quatro derrotas. É um time sem padrão, sem liderança."

Amém, Paula, Amém!

E até Kelly, que comparava Barbosa a um pai, antes das Olimpíadas, parece estar entrando na adolescência e entendendo que "papai não é tudo aquilo que eu pensava."

E pra bom entendedor, as poucas palavras de Janeth bastam.

Assim como basta de Barbosa.

Basta!

segunda-feira, setembro 13, 2004

A Lei do Silêncio

Em seus prematuros 14 dias de existência, esse blog teve suas páginas visitadas cerca de 700 vezes.
Desse total, 10% registraram sua opinião na enquete que pergunta sobre a permanência de Barbosa na seleção.
Até o momento, 93% querem que Barbosa saia.
Não bastasse isso, na semana passada, o site foi citado na coluna de maior prestí­gio do basquete nacional, no maior jornal do paí­s.
Mas há muito pouco a comemorar.
Ao contrário da repercussão popular do pbf, aqui os comentários são escassos. Repete-se com os torcedores o que ocorre no palco central do nosso basquete: ninguém mais aguenta Barbosa e seu comando inútil, mas todos preferem o silêncio.
Por que será?
De qualquer modo, a idéia (ou o ódio) estão (e continuam) lançados.

Campanha pela saída de Antônio Carlos Barbosa do comando da seleção feminina de basquete. Participe!


domingo, setembro 12, 2004

Perguntar Não Ofende

E o time que Barbosa ia comandar no Rio de Janeiro?

No Aeroporto de Guarulhos...


terça-feira, setembro 07, 2004

O fim?!

Na convocação da seleção cadete da téncica Macau, anunciada no site da CBB, Antônio Carlos Barbosa já é citado como supervisor.

Já que Grego não tem a hombridade, a sensatez e a inteligência de mandar Barbosa embora; e este último não tem a humildade de reconhecer que sua contribuição ao basquete já foi dada, espero que Barbosa seja um supervisor tão atuante como tem sido como técnico.

Que fique em sua salinha, com ar-condicionado na sede da CBB, fazendo telefonemas e elaborando o programa político de sua próxima candidatura.

Espero ainda que o próximo técnico da seleção adulta, seja quem for, tenha a coragem para não admitir interferência alguma de Barbosa.

Odeiobarbosa citado na coluna do Melchiades Filho


O fim da picada
MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

O time não merece vaias por ter ficado fora do pódio -o quarto lugar não desonra a (ainda recente) tradição vitoriosa do basquete feminino brasileiro.
Nem por ter tombado em quatro das oito rodadas -australianas e russas têm mais recursos técnicos, organizam campeonatos melhores e freqüentam há tempos a elite das quadras.
Nem mesmo por ter entregue uma dessas partidas, a fim de evitar um cruzamento prematuro contra as temíveis norte-americanas -a Olimpíada do doping, das arbitragens enviesadas e dos atletas vira-casacas de certo modo desautoriza discussões miúdas sobre a ética do esporte.
O time merece vaias, sim, porque apresentou um basquete chinfrim e previsível, apesar de ter sido, dentre todos os que viajaram a Atenas, o que dispôs de mais tempo para se preparar.
Nos três meses de treinos e amistosos, Antonio Carlos Barbosa não concebeu opções ao feijão-com-arroz que vem servindo à seleção na última década.
O Brasil encarou os oponentes com as armas ofensivas de sempre: os passes entre Alessandra e Tuiú (esta longe da cesta, aquela sob a tabela) e os saracoteios de Janeth com a bola no garrafão.
Alessandra fez uma Olimpíada estupenda. Foi a atleta com melhor aproveitamento nos arremessos de quadra, 60,6%. Apareceu em terceiro em rebotes (8,9) e tocos (1,3). De quebra, corrigiu um velho defeito, a precisão nos lances livres, com 70% de acerto.
Mas a "ponte", mais manjada do que as ultrapassagens de Cafu e Roberto Carlos, nunca surtiu efeito. As adversárias congestionavam a zona pintada e deixavam Tuiú livre para arriscar o chute ou repensar a jogada, coisas que ela não foi treinada a fazer.
Pior, essa tática estruturalmente tende a entorpecer o sistema de ataque, pois, estacionada sob a cesta, à espera do passe, uma pivô não pode participar de corta-luzes e outras movimentações.
Por causa disso, a seleção de Barbosa voltou a fracassar nos tiros de três pontos. Sempre monitoradas de perto, as mãos de fada de Helen não acertaram nem uma vez sequer nos três jogos que fecharam a campanha brasileira.
É óbvio que a armadora chuta melhor do que os 30,6% registrados no torneio. Mas, em vez de sugerir a "pipocada" (como fez com Claudinha, Silvinha e outras inhas), seria correto e digno que ao menos uma vez o técnico olhasse para o próprio umbigo.
Perceberia que, desafiado por seus pares, entrou em pânico.
Que, sem critério e sucesso, tentou Leila e até a pesadona Kelly na função de Tuiú. Que mudou tanto o garrafão que arruinou a coesão defensiva -as russas atropelaram nos rebotes (44 x 28) no duelo do bronze.
Que, atônito com a esperada improdutividade de Helen, apelou demais a duas armadoras simultâneas, truque que só funcionaria com o treino que inexistiu.
Que exagerou ao demandar quase 35 minutos por jogo de uma Janeth envelhecida, enferrujada e já sobrecarregada -não à toa, os oponentes desgarravam facilmente no último quarto.
Que acabou, Barbosa, acabou.

Picadura 1
"Existem opiniões discordantes na comissão técnica", admitiu o assistente Paulo Bassul, sucessor anunciado ao posto de Barbosa e defensor de uma seleção "mais homogênea", menos dependente de uma ou duas jogadoras e jogadas.

Picadura 2
"Muita coisa tem de mudar. O Brasil está carente de técnicos", desabafou Alessandra, há anos fora do país e que, portanto, há anos só tem contato com o trabalho de um técnico brasileiro, justo Barbosa.

Picadura 3
Entre o bom-humor e o mau-gosto, o site odeiobarbosa.blogs pot.com despeja a ira sobre o técnico da seleção.

E-mail melk@uol.com.br


In: Folha de São Paulo, Caderno de Esportes. 07/09/2004.

* Fico sinceramente muito feliz de ver o site sendo citado no maior jornal do país em 1 semana de existência. Ainda mais pelo Melchiades Filho.

** Sim, essa é (e será) a eterna (e breve - eu espero) vocação desse site. Filho do mau gosto e do bom-humor, em vários momentos será difícil saber se as características do pai ou da mãe predominam nesse rebento. Mas tal como Gabriela (a Cravo & Canela), ele nasceu assim.

quinta-feira, setembro 02, 2004

Por que eu odeio Barbosa? - Parte I

1. Porque ele disse que a Hortência já estava na hora de parar mesmo, quando ela engravidou em 1995. (E voltou medalha-de-prata olímpica, no ano seguinte).

2. Porque ele menosprezou a pivô Juliana Kanda ao comentar suas chances de chegar à seleção.

3. Porque na Copa América de 1997, ele sempre tirava a Helen quando ela estava bem.

4. Porque no Mundial de 98, ele não deixava a Claudinha jogar, que estava muito bem.

5. Porque ele sempre começava no Mundial de 98 com a Helen na armação. Com Helen mal, ele trocava para Silvinha. No jogo da medalha de bronze, quando Helen estava inspiradíssima, mesmo assim, ele pôs a Silvinha.

6. Porque ele não sabia se usava Magic Paula de armadora ou lateral no Mundial de 98.

7. Porque ele insistiu na Rosângela, quando havia jogadoras muito melhores a disposição.

8. Porque ele não levou a Cíntia Luz para as Olimpíadas de 2000.

9. Porque perdemos para o Canadá nas Olimpíadas de 2000.

10. Porque perdemos para a França nas Olimpíadas de 2000.

11. Porque em 2000, ele não sabia se usava Helen ou Claudinha de armadora.

12. Porque em 2000, quis inventar de colocar Marta de ala, causando uma contusão na atleta às vésperas das Olimpíadas.

13. Pela campanha medíocre que ele fez em clubes, nos últimos anos, principalmente com o Quaker/Jundiaí, passando vergonha no Paulista e no Nacional.

14. Porque ele gosta de esbravejar à beira da quadra.

15. Porque ele é político, no mau sentido da palavra.

16. Porque menosprezou Maristela, ao ser questionado por um jornal por que não a convocava.

17. Porque menosprezou Ângela, pelo mesmo motivo.

18. Por ter feito Adriana Santos desistir da seleção.

19. Por ter feito Claudinha desistir da seleção.

20. Por ter feito Silvinha desistir da seleção.

21. Pela campanha medíocre no Pan-99, quando depois de uma primeira fase invicta; fez um jogo horrendo com a Argentina. Perdeu aquela semifinal medonha para o Canadá e, a seguir, a medalha de bronze para os Estados Unidos.

22. Pela derrota para Cuba, na final do Pré-Olímpico de Havana, em 99.

23. Por ter invadido a quadra, antes do jogo terminar, nas quartas-de-final contra a Rússia, em Sydney, 2000.

24. Por aceitar tão passivamente a superioridade americana, australiana e de qualquer outra seleção que nos vença.

25. Por achar que todo resultado foi "bom".

26. Por ter o apoio incondicional do Grego.

27. Por aceitar a programação de preparação do time estipulada pela CBB, com todas suas deficiências.

28. Por dar muitas folgas.

29. Por estar sempre dizendo que vai "corrigir erros", mas eles se mantém os mesmos há sete anos.

30. Por entrar em quadra derrotado para a seleção norte-americana sub-21, na Copa América.

31. Por ter conseguido fazer a seleção adulta perder um amistoso para a sub-21 norte-americana.

32. Por tomar bailes técnicos de Maria Helena Cardoso, na final do Mundial Interclubes, de 1994.

33. Por não dar padrão de jogo à seleção.

34. Pelo fato de a seleção não ter uma jogada ensaiada.

35. Por insistir na Vívian.

36. Por ter participado da palhaçada armada por Grego, ao convidar a técnica Laís Elena para a comissão da seleção; e logo em seguida, fritá-la.

37. Por exaurir a coitada da Janeth, que joga sempre mais que 30 minutos, seja contra a Rússia, ou com a Botsuana.

38. Por não ter convocado nenhuma outra atleta para a vaga de Micaela, que se contundiu nas vésperas do Mundial 2002.

39. Por ter deixado o Brasil ser eliminado nas quartas-de-final do Mundial de 2002, quando o time enfrentava a Coréia (quarta colocada do outro grupo).

40. Pela derrota contra as espanholas, no mesmo Mundial.

41. Pelas 2 derrotas para a seleção de universitárias dos Estados Unidos, no Pan-2003.

42 Por ter dito, que dessa vez, poderia ser cobrado pelo performance da seleção em Atenas. E deu no que deu.

43. Por deixar Érika no banco.

44. Por às vésperas das Olimpíadas estar mais interessado na política que no basquete.

45. Pelas duas derrotas para a Rússia.

46. Pelas duas derrotas para a Austrália.

47. Por ter suas "preferidinhas".

48. Por querer prolongar ainda mais esses 7 anos de péssimo comando.

49. Por não ter a humildade de reconhecer que é hora de parar.

50. Por dizer que já traçou a programação para o Mundial de 2006.

O direito ao Ódio

Os mais puristas já reclamam.

Não está muito forte?

Ódio?

Odiar o Barbosa?

Pois, queridos, segundo o Michaelis:

ó.dio sm (lat odiu) 1 Rancor profundo e duradouro que se sente por alguém. 2 Aversão ou repugnância que se sente por alguém ou por alguma coisa. 3 Antipatia. Antôn: amor, afeto. O. de morte: ódio intenso, aversão mortal. O. figadal: o mesmo que ódio de morte.
Sim, eu odeio o Barbosa.
Também odeio o Grego.
Para tranquilizar os mais descabelados, as páginas de ódio são comuns na internet brasileira. Ganharam notoriedade com a página Eu Odeio a Eduarda (personagem da atriz Gabriela Duarte, na global Por Amor).
Portanto, por favor, me dêem o direito ao ódio.
Mesmo que público e explícito.

quarta-feira, setembro 01, 2004

Vestibular do Barbosa

Objetivo desse blog

O objetivo desse blog é servir de painel da insatisfação do torcedor brasileiro com o comando do técnico Antônio Carlos Barbosa na seleção brasileira de basquete feminino, não só pelos resultados inexpressivos da equipe desde 1997, mas principalmente pela mau basquete apresentado dentro de quadra desde então.

Contribuições são bem-vindas.